11 de dez. de 2009

A POSTURA DA IGREJA NO CULTO


A POSTURA DA IGREJA NO CULTO
Referência: 1 CORÍNTIOS 11:1-34

INTRODUÇÃO:
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• O mundanismo dos crentes da igreja de Corinto transparece de diversas maneiras: divisões, imoralidade, contendas, orgulho. O mundanismo da igreja acabou afetando também o culto. Três problemas principais surgiram na igreja em relação ao culto: 1) A posição da mulher no culto; 2) A maneira como a Ceia do Senhor estava sendo celebrada no culto; 3) O correto uso dos dons espirituais no culto.
• Paulo no capítulo 11 trata dos dois primeiros problemas e nos capítulos 12 a 14 trata do último problema.
• Paulo começa elogiando a igreja (11:2). Essas tradições era o conteúdo da mensagem pregada por Paulo (11:23; 15:1; 2 Tm 2:2) que era repassada à outras pessoas. A tradição é a fé viva das pessoas que morreram e o tradicionalismo é a fé morta dos que estão vivos.

I. O COMPORTAMENTO DAS MULHERES NO CULTO – V. 3-16

1. Contexto cultural do véu
• Corinto ficava na Grécia e nesta província a manifestação religiosa mais popular eram as Religiões de Mistério. Nas religiões de mistério todos os membros eram do sexo masculino. As mulheres eram excluídas. As religiões refletiam o conceito que existia na Grécia, de que as mulheres eram inferiores aos homens. Achavam que as mulheres não precisavam de religião.
• A pregação de Paulo trouxe uma nova perspectiva para as mulheres. O evangelho veio para resgatar o valor, a dignidade e a igualdade da mulher (11:11; Gl 3:28). Mas as mulheres de Corinto saíram de um extremo para outro. Elas foram pisadas muitos anos. Agora queriam resgatar o tempo perdido e começaram dentro da igreja um movimento feminista. Queriam abolir o uso do véu, símbolo da submissão e da integridade da mulher. As mulheres cristãs de Corinto começaram um movimento de libertação da mulher. Elas exclamaram: “Abaixo o véu!” Elas saíam às ruas sem o véu. Até mesmo iam à igreja sem o véu. Você pode imagir a reação? Seria o mesmo que uma mulher cristã hoje ir à igreja com roupa sumária de banho. Por isso Paulo diz que aquela atitude era uma desonra para os maridos (11:5).
• Na Grécia as roupas dos homens e das mulheres eram muito parecidas. O que distinguia a mulher dos homens era o véu. Somente as prostitutas não usavam o véu. O véu era símbolo da dignidade e da modéstia feminina. Nenhuma mulher com auto-respeito saía de casa sem um véu. As profetisas pagãs do templo de Afrodite exerciam o seu ofício sem véu.
• Paulo trata sobre quatro temas neste parágrafo:
1.1. Submissão – v. 3-6
• O apóstolo Paulo mostra o padrão de relacionamento que Deus estabeleceu na comunidade cristã (11:3). A hierarquia divina é: Deus-Cristo-Homem-Mulher. A submissão não é uma questão de superioridade do homem ou inferioridade da mulher. A superiodade do marido em relação à esposa não é maior do qeu a de Deus em relação a Cristo. Mas assim como Cristo se submeteu ao Pai, a mulher deve se submeter ao marido como cabeça.
• As mulheres exerciam na igreja um ministério de oração e profecia (11:5). Mas, elas deveriam usar o véu como símbolo de submissão (11:5-6). Essa prática era usada na sociedade e por uma questão de não procar escândalo deveria manter-se também na igreja.
• Nas terras orientais o véu é o poder, a honra e a dignidade da mulher. Com o véu na cabeça ela pode ir a qualquer lugar com segurança e profundo respeito. Com o véu ela está protegida. Ela é suprema na multidão. Mas sem o véu, ela é vulnerável e exposto ao vexame. A cobrir a cabeça a mulher assegura o seu próprio lugar de dignidade e autoridade. Ao mesmo tempo, ela reconhece a sua subordinação.

1.2. Glória – v. 7-10
• O apóstolo Paulo fala que o homem é imagem e glória de Deus, mas a mulher é glória do homem. E Paulo cita dois argumentos: 1) O argumento da origem – O homem não foi feito da mulher, e sim a mulher, do homem (11:8). 2) O argumento do propósito – O homem não foi criado por causa da mulher, e sim a mulher, por causa do homem (11:9).
• Mais uma vez Paulo, então, mostra a necessidade das mulheres reconhecerem a sua submissão aos seus maridos no culto público, usando o veu, sobretudo, em face da presença dos anjos (11:10). Os anjos não apenas estão presentes nos nossos cultos, mas eles aprendem com a igreja (Ef 3:10) e cobrem o rosto quando adoram a Deus (Is 6:2).
• O véu é um símbolo da autoridade que a mulher recebeu e que não tinha antes de orar e profetizar em culto público. Ao cobrir a cabeça, a mulher assegura o seu próprio lugar de dignidade e autoridade. Ao mesmo tempo, ela reconhece a sua subordinação.
• Paulo está ensinando a igreja a celebrar o culto com ordem e decência.

1.3. Interdependência – v. 11-12
• No Senhor não há superioridade do homem nem inferioridade da mulher. Ambos são um e ambos são interdependentes (11:11).
• Homem e mulher, têm sua origem um no outro (interpendência) e ambos devem a sua existência a Deus (11:12).

1.4. Natureza – v. 13-15
• Deus fez o homem e a mulher diferentes; portanto, eles devem viver essa diferença tanto no seu aspecto físico, sexual, corte de cabelo, uso de vestuário, bem como de papéis no casamento.
• Sem dúvida existem muitas convenções culturais quanto ao papel, ao trabalho e aos direitos do homem e da mulher que precisam ser aprimorados ou rejeitados. Como Criador, entretanto, o plano de Deus é que homens e mulheres tenham funções diferentes, embora complementares.
• O homem deve ser plenamente masculino e a mulher plenamente feminina.

2. O princípio da igualdade – v. 11-12
• O véu em si é amoral. Em si ele é neutro, nem bom nem mau. Só que em Corinto o véu significava um padrão de relacionamento e ele estavam sendo violado.
• Espiritualmente homens e mulheres são iguais (11:11-12). As mulheres falavam e oravam na igreja (11:4). Elas recebiam dons espirituais, mas elas queriam com isto romper o princípio da submissão (11:3, 7-9).

3. Aplicação Prática
• Paulo diz que as mulheres deveriam usar o véu. Nenhum aspecto cultural do nosso vestuário deve ser motivo de escândalo, como estava acontecendo em Corinto. O véu era mais que um símbolo de submissão, era sobretudo, um símbolo de modéstia e integridade moral.
• De cultura para cultura a definição de modéstia muda. Se Paulo tivesse de ensinar este princípio a uma de nossas igrejas no Ocidente, ele não diria às mulheres que usassem véu na igreja. O véu não faz parte da nossa cultura. Mas o princípio que ele representa deve permanecer. As mulheres precisam ser submissas aos seus maridos e precisam se vestir com modéstia e pureza.

II.PROBLEMAS COM RESPEITO À CEIA DO SENHOR – V. 17-34

1. As repreensões do apóstolo Paulo à igreja - v. 17-22
• Paulo acabara de fazer um elogio à igreja (11:2), mas agora a repreende severamente (11:17). As divisões na igreja haviam chegado a proporções alarmantes: além do culto à personalidade em torno de alguns líderes (1:12), agora Paulo mostra que havia também um certo esnobilismo odioso dentro da igreja (11:21), dos ricos em relação aos pobres.
• Os crentes estavam indo à igreja e voltando para casa piores (11:17). Eles estavam desprezando a igreja de Deus e envergonhando os pobres (11:22).

2. A deturpação da Festa do Amor – v. 17-22,33-34
• A festa do Amor era uma refeição que a igreja tinha antes da Ceia do Senhor. Os crentes se reuniam para participar de uma refeição em comum. Ele comiam, bebiam, repartiam, se confraternizavam e depois neste clima de comunhão, eles celebravam a ceia do Senhor.
• A Bíblia fala desta festa em Judas 12. No dia de celebrar-se a Ceia (domingo) servia-se uma refeição completa. Era uma comemoração da última ceia do Senhor, quando os elementos simbólicos eram servidos depois da refeição.
• Além de seguir o exemplo do Salvador, a festa do Amor era para os cristãos ricos uma oportunidade semanal regular para repartir um pouco seus bens materiais com os pobres. Todos traziam alguma coisa para comer na Festa do Ágape, mas proporcionalmente às suas posses. Assim os pobres poderiam participar de uma boa refeição pelo menos uma vez por semana. Depois deste banquete então, eles celebravam a Ceia.
2.1. Eles se ajuntavam para pior – v. 17 – O culto deles não estava centrado nem em Cristo nem no amor ao próximo, mas neles mesmos. Era um culto antropocêntrico. Era um culto do homem para o homem.
2.2. Eles reuniam, mas não havia harmonia no meio de deles – v. 18 – Havia divisões, partidos, cismas entre eles. Eles não tinham uma só alma, um só coração, um só sentimento, e um só propósito. Havia um ajuntamento, mas não comunhão.
2.3. Eles participavam dos elementos da Ceia, mas era a Ceia que eles celebravam – v. 20 – O cerimoniamento é um grande perigo. Deus não se impressiona com os nossos ritos, nossas cerimônias. Ele vê o coração do adorador. Eles celebravam a Ceia, mas para Deus aquilo que faziam não era a Ceia.
2.4. Eles eram esnobes orgulhosos – v. 21 – Os ricos comiam os melhores churrascos e bebiam os melhores vinhos até à embriaguez enquanto os pobres ficavam com fome. Eles feriam a comunhão. Humilhavam os irmãos pobres.
2.5. Eles se entregavam a excessos dentro da igreja de Deus – v. 21 – Enquanto deixavam os pobres passando fome, os ricos comiam, empanturravam-se e embebedavam-se num claro sinal de excesso e de falta de domínio próprio. A glutonaria e bebedeira são obras da carne. Eles se reuniam para pecar.
2.6. Eles desprezavam a igreja de Deus – v. 22 – Eles desprezavam a santidade de Deus, a santidade da igreja e o amor ao próximo.

3. O significado da Ceia do Senhor - v. 23-26

• A Ceia do Senhor está centralizada na obra expiatória de Cristo. Seu corpo foi partido e seu sangue foi vertido para a nossa redenção. O seu sangue é o selo da nova aliança, onde Deus perdoa os nossos os pecados e nos salva da ira vindoura pelos méritos de Cristo.
• A Ceia do Senhor é uma proclamação dramatizada de três verdades essenciais da fé cristã: 1) Olhando para trás: A morte de Cristo (11:26) – A cruz de Cristo é o centro da mensagem cristã. Não há evangelho sem a cruz de Cristo. Cristo ordenou que sua igreja relembrasse não seus milagres, mas sua morte. Devemos nos lembrar por que ele morreu, como ele morreu, por quem ele morreu. 2) Olhando para frente – A segunda vinda de Cristo (11:26) – Há um momento de expectativa em toda celebração da Ceia do Senhor. A segunda vinda de Cristo é a grande esperança do cristão num mundo onde o mal tem feito tantos estragos. 3) Olhando para dentro – O auto-exame – (11:28) – Não somos juizes dos outros, devemos examinar-nos a nós mesmos. Não devemos fugir da Ceia por causa do pecado, mas fugir do pecado por causa da Ceia. Examine-se e coma! 4) Olhando ao redor - (11:33-34) - Devemos procurar o Senhor e também os nossos irmãos. Devemos encontrar-nos com o Senhor e com os nossos irmãos. Na Ceia os céus e a terra se tocam.

4. Os perigos em relação à Ceia do Senhor – v. 27-32
• Paulo alista alguns perigos com respeito a Ceia do Senhor neste texto:

4.1. Participar da Ceia do Senhor indignamente – v. 27 – João Calvino entende que a nossa dignidade para participarmos da Ceia é a consciência da nossa indignidade. Indigno de participar da Ceia é aquele que assenta-se à mesa do Senhor de forma leviana, irrefletida e despreparada tanto doutrinariamente como comportamentalmente. Essa pessoa será réu do corpo e do sangue do Senhor. Será tido como culpado direto da morte de Cristo. O apóstolo Paulo está dizendo que quem participa da Ceia indignamente torna-se culpado de derramar o sangue de Cristo; isto é, coloca-se não do lado dos que estão participando dos benefícios de sua paixão, mas do lado dos que foram culpados por sua crucificação.

4.2. Participar da Ceia do Senhor sem discernimento - v. 28-29 – O crente precisa discernir o Corpo de Cristo partido na cruz – ou seja, a obra da redenção em seu favor e também precisa discernir o Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja – A igreja de Corinto não estava amando uns aos outros. Portanto, ela não estava discernindo o corpo. A conseqüência da falta de discernimento do Corpo levou a igreja e comer e beber juízo para si: FRAQUEZA, DOENÇAS E MORTE (11:30).

4.3. Participar da Ceia do Senhor sem auto-julgamento – v. 31-32 – Não podemos ser frouxos conosco mesmos. Não podemos ser condescendentes com os nossos próprios erros. Devemos nos julgar a nós mesmos e nos corrigirmos. Devemos distinguir com clareza quem somos. Devemos ter uma correta auto-imagem (Sardes e Laodicéia). O juízo de Deus para o crente não é a perda da salvação nem a condenação eterna, mas a disciplina amorosa. Na vida do crente (fraqueza, doença e morte) podem ser disciplina de Deus para nos afastar de pecados mais terríveis e de consequências mais danosas. A disciplina de Deus visa sempre nos fazer voltar para Ele e nos livrar da condenação do mundo.
Ev.Rocélio Barros

Destino: Esquecimento

Ev.Rocélio Barros.

Os homens sonham. Desde a mais tenra infância sua mente está repleta de sonhos e planos. E despendem suas vidas em lutas e sofrimento para ver se ao menos alguns destes sonhos se realizam.

Luta inglória, como nos diz a palavra,

"Porque nunca haverá mais lembrança do sábio do que do tolo; porquanto de tudo, nos dias futuros, total esquecimento haverá. E como morre o sábio, assim morre o tolo!" (Eclesiastes 2:16 ACF1)

Caminham assim milhares, milhões, bilhões de pessoas para o esquecimento eterno. E todas as suas lutas, as suas paixões, as suas razões, os seus sacrifícios, as suas ambições e as suas realizações, tudo enfim nas vidas destas pessoas está destinado ao nada, ao total esquecimento.

Mesmo aquelas que por tamanho destaque em suas atividades possam ser lembradas pela história, terão, quando muito, algumas linhas em alguma enciclopédia empoeirada, ou uns poucos tijolos empilhados, compondo alguma construção, representando todo o esforço de uma vida.

Mas, quem foram estes? Quais foram as reais aspirações daqueles que se tornaram um verbete em uma publicação ou uma placa sobre uma ponte ou sobre uma sala?

Tudo o que foram se perdeu. Em pouco tempo até as pessoas que ainda traziam impressa na mente a lembrança de fragmentos daquela vida, terão elas próprias o mesmo destino: - o esquecimento eterno.

Como reitera o Pregador:

"Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória fica entregue ao esquecimento. (6) Também o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma para sempre, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol." (Eclesiastes 9:5-6 ACF)

Triste vida esta; a dos que serão esquecidos. Vida sem razão de ser. Vida sem objetivo.

Contudo, há esperança àqueles que são chamados a ser discípulos do Mestre, do Senhor Jesus Cristo, pois todos estes serão julgados em Seu tribunal, e tudo o que tiverem feito, de bem ou de mal, todos os seus anseios e desejos, tudo o que antes estava oculto, toda a sua vida será trazida à baila:

"Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal." (II Coríntios 5:10 ACF)

Alegre pensamento este; o de que se seremos julgados, também seremos lembrados.

"... porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia." (II Timóteo 1:12 ACF)

Tranqüilizadora promessa esta; de que todo o nosso depósito, tudo o que somos, tudo o que em verdade temos, está guardado por quem é poderoso o bastante para isto.

Acalentadora verdade esta; a de que todo aquele que é de Cristo destina-se à Lembrança Eterna.



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1 Todos os textos bíblicos citados neste estudo foram extraídos da tradução de João Ferreira de Almeida - Corrigida e Revisada Fiel ao Texto Original (ACF), editada pela Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, exceto quando houver sido especificado em contrário.

Pr. Charles Haddon Spurgeon (1834 - 1892

Pr. Charles Haddon Spurgeon (1834 - 1892)




Apresentação
Charles Haddon Spurgeon (1834-92) foi o mais conhecido pregador da Inglaterra pela maior parte da segunda metade do século dezenove. Spurgeon converteu-se em Colchester em 6 de janeiro de 1850, e foi batizado no Rio Lark em Isleham em 3 de maio de 1850. Pregou seu primeiro sermão na cidade de Cottage, neste mesmo ano. Alguns de seus parentes sugerem que Charles Spurgeon entrou em uma escola religiosa independente logo após sua conversão, mas por ter uma visão diferente da ensinada por esta escola, decidiu então se juntar a uma congregação anabatista em Cambridge. Em 1854, apenas quatro anos após sua conversão, Spurgeon, então com apenas vinte anos, se tornou pastor da famosa Igreja Batista de New Park Street em Londres (anteriormente pastoreada pelo grande teólogo John Gill). A congregação rapidamente cresceu mais do que seu prédio poderia comportar, mudando-se então para o Exeter Hall, e de lá para o Surrey Music Hall. Nestes locais Spurgeon freqüentemente pregou para audiências com mais de 10.000 pessoas - e tudo isto em dias anteriores ao advento da amplificação eletrônica. Em 1861 a congregação se mudou definitivamente para o recém construído Tabernáculo Metropolitano.

Os sermões do Pr. Spurgeon são amplamente distribuídos e foram traduzidos em muitas línguas, sendo especialmente populares nos Estados Unidos. O conjunto dos trabalhos impressos do Pr. Spurgeon é volumoso. Sendo que uma de suas obras mais conhecidas é o livro intitulado "O Tesouro de Davi". Praticamente todos os trabalhos impressos do Pr. Spurgeon estão disponíveis hoje, seja através de publicações ou na Internet. Estima-se que mais de 3.560 de seus sermões sejam ainda publicados na Inglaterra ou nos Estados Unidos.


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Todos os textos são apresentados no original em inglês e possuem tradução do original para o português efetuada por Walter Andrade Campelo. Caso o caro leitor perceba alguma imperfeição na tradução, por favor entre em contato com o "webmaster" deste site através do endereço apresentado no rodapé da página, que esta será averiguada e, sendo o caso, corrigida.

A Unidade Cristã

"...haverá um rebanho e um Pastor" (João 10:16)

Fala-se muito atualmente em união de igrejas, aproximação das denominações, cooperação entre cristãos, unidade na diversidade, etc., sem se atentar ao que dispõe a Bíblia sobre a verdadeira união. Antes de nos unirmos a determinadas denominações evangélicas, devemos ter em mente aquilo que Deus estabeleceu como a verdadeira unidade do corpo de Cristo.

A Unidade É Pela Verdade
Como exórdio ao presente estudo, devemos ressaltar que a unidade cristã é bíblica e, portanto, deve ser buscada pelos membros do Corpo de Cristo (embora essa unidade não decorra da mera vontade humana). Orando ao Pai, Jesus disse:"Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós. ... E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste" (João 17:11, 20 e 21). Essa idéia de unidade do corpo de Cristo resulta da idéia central da Tri-Unidade de Deus. Por isso que o apóstolo Paulo declarou:"Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão" (1 Coríntios 10:17).

A unidade do Corpo de Cristo permite a união dos desiguais: "Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. ... E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Assim, pois, há muitos membros, mas um corpo" (1 Coríntios 12:13-14 e 19-20). Paulo assim escreve para demonstrar que cada membro do corpo é diferente um do outro, mas forma uma unidade: uns são mãos, outros, pés, outros olhos, assim por diante - não somos todos apenas um membro do corpo, mas vários membros formando um só corpo: "E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós. Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários; ... Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele." (vs. 21-22; 25-26).

O cristianismo é, sobretudo, uma religião baseada na união - união de gregos e troianos, judeus e gentios, negros e brancos, ricos e pobres, todos unidos numa só fé - mas não tolera a conjunção entre o certo e o errado, a verdade e a mentira, a luz e a escuridão. Assim, a unidade cristã se dá PELA verdade bíblica universal, a Palavra viva, santa e imutável de Deus. Na sua oração pela unidade, Jesus disse: "Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam; ... Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade." (João 17:8 e 17). Se não for PELA Palavra de Deus não haverá unidade cristã verdadeira. Portanto, a unidade não deve ser meramente espiritual, mas também bíblico-doutrinária, mediante a uniformidade da fé.

A Unidade É Para a Verdade
Muitos pastores e líderes buscam a unidade em meio ao erro doutrinário, o que contradiz a Palavra de Deus. Essa "unidade", na realidade, agrada muito mais aos homens do que a Deus. Não falo das pequenas diferenças existentes no meio cristão (pois, como dissemos, cada membro do corpo é desigual), que não comprometem a sã doutrina, mas daquelas que possam afetar a verdade bíblica. Por exemplo: como poderei andar com um irmão que vive de "revelações" e que coloca as suas experiências pessoais acima da Bíblia, se eu creio que a Bíblia é a minha única regra de fé e conduta? Ou como poderei participar de uma igreja que ensina um outro evangelho (do cristianismo fácil, da busca de sucesso material, da salvação condicionada ao mérito pessoal, do curandeirismo, da realização de "sinais e prodígios", do G12, etc.) se prego a simplicidade do evangelho de Cristo? "Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" (Amós 3:3).

Respeito muito o trabalho daqueles que buscam a unidade no meio evangélico, mas esse trabalho será em vão se não for PARA A VERDADE, por obra e vontade do nosso Deus: "Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela." (Salmos 127:1). O nosso dever de afastamento daqueles que se desviaram da verdade é muito mais bíblico do que a busca pela unidade a qualquer custo: "E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles." (Romanos 16:17). Essa admoestação não se dirige à observação somente dos "hereges", mas também contra os que promovem "dissensões" doutrinárias, "Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples." (v. 18). Lembre-se bem deste conselho: "Compra a verdade, e não a vendas." (Provérbios 23:23a).

A Unidade É Mediante a Fé
Se cremos todos em conformidade de fé (essa é a unidade que deve ser buscada - a unidade da fé), há união cristã verdadeira, ainda que distâncias nos separem. Paulo ensina que devemos nos suportar uns aos outros em amor, procurando guardar a UNIDADE DO ESPÍRITO pelo vínculo da paz (Efésios 4:2-3). Para isso, foi-nos dado "uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos ...Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente." (Efésios 4:11-14). Note bem que essa unidade da fé não comporta variações doutrinárias, porque senão nos tornaríamos como meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina. Havendo a unidade de fé, todo o corpo de Cristo se torna bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas (v. 20), isto é, sem divergências doutrinárias relevantes.

A Unidade Ocorre na Separação
A união cristã verdadeira somente existirá separando-se o joio do trigo. Da mesma maneira que não devemos nos prender a um jugo desigual com os infiéis (2 Coríntios 6:14), de igual forma não podemos nos associar com os que promovem dissensões doutrinárias. Essa unidade do ponto de vista bíblico se dará exclusivamente se houver total separação. Contradição? Não, pois a verdade não se coaduna com o erro; não existe unidade em meio à discórdia.

O Pr. Ron Riffe, no maravilhoso artigo intitulado "A Doutrina Bíblica da Separação", publicado no Jornal Sã Doutrina (JARF) nº 10 (março/2003), pg 3, citando 2 Tessalonicenses 3:6, 11 e 14-15, lembra que "alguns crentes de Tessalônica estavam com a falsa idéia que o arrebatamento ocorreria em um futuro próximo. Muitos deles venderam suas propriedades, abandonaram seus empregos e ficaram ociosos, esperando o retorno do Senhor. Enquanto aguardavam, alguns recusavam-se a trabalhar pela comida que recebiam, enquanto outros ficavam se metendo na vida alheia". Paulo então os adverte:

"Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu. ... Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes fazendo coisas vãs. ... Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe. Todavia não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão." (2 Tessalonicenses 3:6, 11 e 14-15).

Observe bem: todos aqueles que promoviam aquela desordem eram crentes em Cristo, esperavam a salvação em Jesus, criam na Bíblia, enfim, podiam ser chamados de "irmãos". Mas andavam desordenadamente (isto é, "marchando em outro ritmo", conforme explicado pelo pastor Riffe), contra a própria tradição apostólica. Qual a semelhança dos tessalonicenses para os crentes hodiernos que praticam coisas contrárias à sã doutrina? Nenhuma, pois ambos andam "desordenadamente". Devemos, pois, nos misturar com os que acreditam em coisas que reprovamos à luz da Bíblia? Ou será que teremos de admitir que eles estão certos e que nós estamos errados? Como nos entenderemos, estando nós em desacordo?

Apartai-vos Deles
Se você acha estas palavras duras e exegeticamente erradas, perdoe-me a franqueza, mas está se opondo ao próprio Deus, que deseja separar um povo santo para sua exclusiva glória e autoridade. A verdade é que, embora possamos considerar muitos deles como irmãos (assim os considero com fundamento em Mateus 24:24 e 2 Tessalonicenses 3:15), devemos nos afastar dos que não estão de acordo com a sã doutrina, para que não haja confusão doutrinária. Não sou eu quem diz, mas o próprio apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santos de Deus. A confusão doutrinária no meio cristão é semelhante à balbúrdia ocasionada pela multidão em alvoroço - ninguém se entende e cada um segue desordenadamente. Se eles estão dispostos a nos ouvir, aí sim poderá haver uma aproximação e, quiçá, até a almejada união (eu também a desejo, mas com a verdade).

O apóstolo Paulo ainda demonstra que devemos nos afastar daqueles que se desviaram da sã doutrina: "Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o, sabendo que esse tal está pervertido, e peca, estando já em si mesmo condenado" (Tito 3:10-11). Certamente o texto fala de heresias; mas, não são heresias as muitas coisas que se pregam em determinados círculos evangélicos? Lembramos que muitas das igrejas com as quais se almeja a união saíram do nosso meio. Por que? "Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós." (1 João 2:19). Saíram de nós por desacordo - voltaremos a nos unir com eles ainda em desacordo?

Várias são as admoestações bíblicas no sentido da separação mesmo: "Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas, contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais." (1 Timóteo 6:3-6). "Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho. Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras." (2 João 1:9-11)

Conclusão
Infelizmente, sempre haverá dissensões doutrinárias no meio evangélico - o joio crescerá entre o trigo para, finalmente, ser arrancado e lançado fora (Mateus 13:30). E isso é necessário até mesmo para que se levantem os que são leais à sã doutrina: "E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós." (1 Coríntios 11:19); os que não são leais à sã doutrina farão de tudo para alcançarem a união fora dos padrões bíblicos e muitos "leais" poderão se influenciar pela falsa união. No entanto, devemos nos separar dos contradizentes e dos que estão em desacordo com a [única] verdade, sob pena de estarmos agradando ao nosso próprio ventre, aos homens e de desobedecermos a Deus. Ora, "mais importa obedecer a Deus do que aos homens" (Atos 5:29). Essa unidade não pode ser a que almeja nossos corações e nem a que vislumbra nossos olhos humanos, mas deve estar centrada na Palavra da Verdade e se conformar com a vontade divina. Por esse motivo, o líder cristão deve seguir "Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes." (Tito 1:9).

Deus nos abençoe!

Ev.Rocélio Barros

Doutrina das Últimas Coisas (Escatologia)


Doutrina das Últimas Coisas (Escatologia) - Introdução
Interpretação literal sempre que possível
Conforme entendemos, as Escrituras Sagradas devem ser interpretadas primeira e principalmente em seu sentido literal, exceto quando esta interpretação não seja condizente com a verdade ou seja claramente figurada.

"Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo." (II Pedro 1:20:21 ACF)

Os casos em que o sentido figurado deve ser aplicado são claros, como quando Jesus se diz uma porta:

"Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens." (João 10:9 ACF)

Também deve ser procurada uma forma não literal de interpretação quando o que está dito contraria verdades básicas, fundamentais da palavra de Deus. Nestes raros casos o contexto em que a passagem se encontra, via de regra, esclarece o seu sentido:

"E disse: Ó SENHOR Deus de Israel, não há Deus..." (I Reis 8:23 ACF)

Agora vendo o contexto completo:

"E pôs-se Salomão diante do altar do SENHOR, na presença de toda a congregação de Israel; e estendeu as suas mãos para os céus, e disse: Ó SENHOR Deus de Israel, não há Deus como tu, em cima nos céus nem em baixo na terra; que guardas a aliança e a beneficência a teus servos que andam com todo o seu coração diante de ti." (I Reis 8:22-23 ACF)

Esta norma de interpretação foi aplicada a este estudo como um todo. Assim, partimos sempre da clara, inequívoca, direta interpretação da palavra de Deus em seu significado imediato.

Respeito pelas verdades incontestáveis da Palavra de Deus
A Palavra de Deus está recheada de fundamentos básicos, verdades incontestáveis, fatos contra os quais não há argumentação.

Estas verdades permitem que, pautando-nos nelas, tenhamos referências para o entendimento de pontos em que a palavra de Deus nos apresenta textos com uma maior riqueza de detalhes, ou que nos pareçam um tanto mais complexos. Deus nos prometeu e tem cumprido que manterá a sua palavra intacta jota por jota, til por til:

"Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus." (Mateus 5:18-19 ACF)

Assim, sabemos que Deus está resguardando a Sua palavra das artimanhas do inimigo de nossas almas, de modo que tenhamos a verdade pura, cristalina, água da vida. Nas palavras de Jesus:

"Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna." (João 4:14 ACF)

Partindo destes princípios básicos acerca da palavra de Deus, vamos então analisar as questões que ora se apresentam.

Importância deste estudo
Apresentar a verdadeira esperança de todos os crentes: a segunda vinda de Cristo.
"Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. (3) E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro." (I João 3:2-3 ACF)

"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos" (I Pedro 1:3 ACF)

"Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo;" (Tito 2:13 ACF)

Através deste estudo o verdadeiro crente em Jesus Cristo é exortado a:
Abandonar as coisas das trevas:
"Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, (12) aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus" (II Pedro 3:11-12 ACF)

Manter-se em permanente atenção e vigilância:
"Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor." (Mateus 24:42 ACF)

"Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios;" (II Tessalonicenses 5:6 ACF)

Manter-se firme mesmo frente a grandes tribulações:
"Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos; (12) Se sofrermos, também com ele reinaremos..." (II Timóteo 2:11-12 ACF)

Estar completamente compromissado com o evangelismo:
"(Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação: eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação.)" (II Coríntios 6:2 ACF)

O Que a Bíblia Diz?



O Que a Bíblia Diz?
O que a Bíblia diz sobre o Natal? (mp3)

Nada. O Natal não é mencionado nenhuma vez nas Escrituras. Todos os anos, em todo o mundo, algumas pessoas guardam o dia escolhido pelos homens para comemorar o nascimento de Jesus. Algumas pessoas o guardam como um dia santo especial, enquanto muitas outras fizeram dele um tempo de comercialização, de interesses egoístas.

As modernas comemorações do Natal têm pouco a ver com os fatos da Bíblia. A Bíblia não revela a data do nascimento de Cristo, nem mesmo o número de magos que o visitaram em Belém. As Escrituras não autorizam uma comemoração especial na igreja, nem um dia santo para comemorar o nascimento de Jesus. Evidentemente, a Bíblia não dá aprovação ao materialismo egoísta, tão comum nessa época do ano.

Mas Jesus nasceu, e por um motivo muito bom. Ele veio para salvar-nos do pecado (1 Timóteo 2:6). Ele é o Rei, não só dos judeus, mas de todos os homens (Mateus 28:18-20). Sua grande vitória veio, não com seu nascimento, mas com sua morte e ressurreição. Esta é a vitória que o faz nosso Redentor, digno de honra e adoração (Apocalipse 5:8-14).

Hoje, precisamos imitar os magos, que procuraram tão esforçadamente encontrar Jesus. Não podemos nos contentar com as crenças tradicionais, as doutrinas humanas, ou os dogmas das igrejas. Temos que examinar as Escrituras (Atos 17:11). Temos que aceitar o que é certo e rejeitar o que é errado (1 Tessalonicenses 5:21-22). Temos que estar certos de que Jesus veio a esta Terra uma vez, e que ele voltará para chamar-nos ao julgamento (Atos 17:30-31; 2 Coríntios 5:9-10).

Na época do Natal, quando muitas pessoas mostram uma religião superficial e falam sobre um Jesus desconhecido para elas, nós devemos lembrar que é possível ser só cristãos, seguidores de Jesus. Não devemos ensinar ou defender doutrinas de homens. Temos que simplesmente seguir a Jesus e encorajar outros a fazerem a mesma coisa. Que possamos adorar a Cristo de acordo com a vontade dele!

-por Dennis Allan

A VERDADE SOBRE O NATAL

Quase todas as pessoas na Cristandade celebram o Natal, trocando presentes e desejos de "Boas Festas" ou "Feliz Natal", e se alegrando com a idéia de que estejam agindo corretamente. Na verdade, esta se tornou a tradição favorita entre os Cristãos, e é tão bem aceita que qualquer tentativa de se buscar sua origem, a qual pode ser facilmente encontrada nas enciclopédias e em documentos imparciais da história da igreja, tende a ser mal recebida. A Palavra de Deus não justifica esta celebração anual, mas a condena severamente em Gálatas 4:10,11: "Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós, que não haja trabalhado em vão para convosco." Sendo assim a observância de uma data, mesmo que ela seja de caráter piedoso e adornada com rituais, é condenada. O bendito Salvador não veio com o objetivo de tornar popular o Seu nome ou a suposta data do Seu nascimento. "Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores" (I Tim 1:15). "Cristo... morreu a seu tempo pelos ímpios" (Rm 5:6).

Segundo J.N. Darby (Col. Writings, Vol. 18, Pag. 191), ninguém sabe o dia em que Cristo nasceu. Clemente, que viveu no segundo século, se referiu às especulações acerca da data de nascimento de Cristo como "superstição". Orígenes, por volta do ano 245 d.C. considerava ridícula a idéia de se fixar uma data natalícia para o Senhor, e se referia a isso como algo "pecaminoso". No quinto século, a Igreja de Roma registrou que não existia "um conhecimento seguro" a respeito, e a New International Encyclopedia afirma que "é desconhecido quando isso se originou,... mas é quase certo que 25 de dezembro não pode ser...". Segundo a American Encyclopedia, o Natal foi celebrado pela primeira vez pela Igreja em Jerusalém no ano 440 D.C., e também registra que "no quinto século a Igreja Ocidental (Roma) ordenou que fosse celebrado."

A Origem do Natal
25 de dezembro era uma data "pagã, podendo ser de origem solar... A Saturnal dos Romanos a precedia" (Nelson*'s Encyclopedia). Era ainda a data "da antiga festa Romana em homenagem ao Sol" (celebrando o nascimento do deus-Sol), segundo a American Encyclopedia. "A Saturnal era uma festa de prazeres desenfreados... A data do Natal foi fixada na mesma época" (M de Beugnot - História, Vol 2, pág 265). "A Igreja... voltando ao paganismo... precisava ter suas festas, e acabou por dar nomes cristãos às festas pagãs já existentes... identificando o Natal à pior das festas pagãs... fixaram para aquela data o nascimento de Cristo. (Aquela data) representava um dos piores princípios do paganismo -- o poder reprodutivo da natureza... A Igreja criou as festas chamadas cristãs, para substituir as pagãs... paganizando o Cristianismo... a fim de manter satisfeitas as mentes carnais do povo" (J. N. Darby - Col. Writtings, Vol. 29). Agostinho registrou que o povo estava tão determinado a ter festas que o clero se sujeitou a isso!

A Tradição dos Anciãos (Mt 15:2)
Sendo assim, a tradição que emanava do "deus deste mundo" (II Co 4:4), brotou por meio do paganismo, foi transplantada para o Cristianismo por antepassados infiéis, e aperfeiçoada pela Igreja de Roma, "a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra" (Apoc 17:5). Assim como as crianças são levadas a acreditar em Papai Noel, a Cristandade tem sido enganada por cegos que são guias de cegos (Lc 6:39).

Não deveria isso inundar o coração de vergonha e nos levar a lamentar e chorar por todas as abominações praticadas na Cristandade neste tempo de Laodicéia, que desonram o nome de nosso bendito Salvador? (veja Sl 119:158; Jer 15:15-17; Eze 9:4; Fp 3:18,19). Como podemos participar de tamanha farsa? O que se dirá disso perante o tribunal de Cristo? Tudo isso nos fala de um "outro Jesus" -- um Jesus bem ao gosto do povo, adaptado a este mundo (II Co 11:4)! O "espírito Natalino" não vem do Espírito Santo mas trata-se de "outro espírito" (II Co 11:4). "O espírito do mundo" (I Co 2:12) "não é do Pai, mas do mundo" (I Jo 2:16).

Um Mundo Insensível
Quando Cristo, Deus manifestado em carne, nasceu, neste mundo "não havia lugar" para Ele (Lc 2:7). "Era desprezado, e o mais indigno entre os homens" (Is 53:3). "Eles bradaram: Tira, tira, crucifica-o" (Jo 19:15). "...e o levaram para ser crucificado" (Mt 27:31). Este mundo é culpado pelo assassinato do Filho de Deus!

Havendo se livrado dÉle, os homens agora se regozijam e se alegram enviando presentes uns aos outros (veja Apoc 11:10). Isto é o mesmo que edificar os sepulcros dos profetas e adornar os monumentos dos justos, testificando "que sois filhos dos que mataram os profetas" (Mt 23:29-33). É com se Caim, após haver assassinado a seu irmão, fizesse do aniversário de Abel um dia de festa! Assim este mundo, que rejeitou a Cristo, celebra uma grande festa anual na imaginária data de nascimento do Santo Filho de Deus! Fazendo assim, estão tomando emprestado e profanando o nome bendito de Cristo como um pretexto para a satisfação de seus prazeres carnais. "O Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão" (Ex 20:7).

Cuidado, frívolo mundo! "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer" (Gal 6:7). Pois breve Ele virá requerer o sangue do Seu Filho que foi derramado.

Nos aborrece ver a irreverente entrada dos ímpios na Cristandade sem qualquer consciência de seus pecados e nem tampouco qualquer disposição de coração para com o Senhor. O mesmo pode ser dito acerca da multidão de pessoas batizadas, que professam o Cristianismo, sem nunca haverem passado da morte para a vida (veja Jo 5:24; I Jo 3:14). Mas dói ainda mais quando vemos aqueles que são "filhos da luz" (Ef 5:8,14-17; Fp 2:15; I Tess 5:5-10; I Pd 2:9) agirem em total ignorância ou indiferença acerca da origem maligna dessa tradição, levados pela corrente e procurando celebrar tal data da maneira que lhes parece a melhor possível -- talvez até mesmo usando alguns versículos das Escrituras, ou ministrando aos necessitados, ou cantando "hinos de Natal" (veja Deut 12:8; Rm 12:2).

O Senhor nunca nos pediu para celebrarmos anualmente o Seu nascimento (ou Sua ressurreição, como é o caso da Páscoa, celebrada por muitos cristãos). Ele expressou Seu desejo que celebrássemos a memória da SUA MORTE. Cada primeiro dia da semana (At 20:7), dia da Sua ressurreição -- dia da nova criação -- oferece a oportunidade àqueles que são novas criaturas em Cristo para se reunirem unicamente ao Seu precioso nome (Mt 18:20), fora do arraial (ou sistema religioso adaptado ao desejo do homem; Hb 13:13), para anunciar "a morte do Senhor, até que venha... Fazei isto... em memória de mim" (I Co 11:25,26).

E então, quando entre as densas trevas,
Brilha um tênue raio de luz --
Alguns, que sentem sua própria ruína,
Buscam, por fé, caminhar com Jesus.




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Nota do Editor do site Histórias de Verdade:

Depois de publicar o texto acima, de autor desconhecido, percebi que convinha colocar a minha posição pessoal a respeito do Natal. Minha intenção ao publicar o texto acima foi esclarecer sua origem e alguns elementos por detrás dessa festa que é às vezes confundida como uma celebração bíblica, quando na verdade não é.

Todavia, creio que falta ao texto a resposta para uma pergunta feita por muitos cristãos: Como se comportar quando se tem familiares que comemoram o Natal?

Quando olho para trás, depois de mais de 30 anos de convertido, vejo que muitas vezes errei por meu excesso de zelo e carência de graça. Os judeus nos tempos de Jesus eram zelosos, tão zelosos que se preocuparam em providenciar para que o corpo de Jesus fosse tirado da cruz na sexta-feira para não transgredir o mandamento do Sábado. Não é à toa que o Senhor disse que os fariseus coavam o mosquito e engoliam o camelo.

"Eu sou o Bom Pastor "

"Eu sou o Bom Pastor, o Bom Pastor dá
a Sua vida pelas Suas ovelhas"
( Evangelho do Apóstolo João, 10.11)
Ev.Rocélio Barros

Altruísmo, (do latim alter, outro), é a devoção ao interesse do próximo, é a ação que não é motivada por razões pessoais e que realmente visa o bem-estar do outro. Já o egoísmo, é a idéia de que todos os atos de uma pessoa, bons ou maus, são sempre feitos por interesse próprio. O egoísta busca em primeiro lugar os seus próprios interesses. Uma pessoa egocêntrica é aquela que só é capaz de interagir com as pessoas e as coisas se absolutamente tudo girar em torno do seu "eu". Ela, e somente ela, deve ser o centro das atenções, a ela devem pertencer os melhores cargos para que o seu nome permaneça em evidência. De tanto pensar em si, nos seus pensamentos não há lugar para mais ninguém.
O egoísta não admite que a atenção das pessoas não esteja no que ele pensa e a forma como julga todas as coisas; acredita que todos ao seu redor, por gratidão, lhe devem favores... e, tais "favores" prestados, muitas vezes, por bens "mal adquiridos" - conforme a advertência divina em Habacuque, 2.9, onde "os fins justificam os meios"...
Já o altruísta serve com amor, doa-se sem estabelecer condições. Como disse o Apóstolo Paulo, "Não busca seus próprios interesses". Na parábola do bom pastor, Jesus apresenta-se como Modelo de altruísmo. "Eu sou o Bom Pastor, o Bom Pastor dá a Sua vida pelas Suas ovelhas" (João, 10.11). A bondade de Jesus transparece em três aspectos:
Em primeiro lugar, Ele garante a segurança das Suas ovelhas dispondo-se a arriscar a própria vida por amor a elas, colocando-Se em segundo plano. Mesmo que para tanto esteja Sua vida correndo risco, a Sua prioridade está na preservação da vida de cada ovelha que Seu Pai lhe havia dado.
Em segundo lugar, Ele desfruta de conhecimento e intimidade com cada ovelha. Ele conhece Suas ovelhas uma por uma e elas O conhecem pela voz...
Finalmente, a bondade de Jesus também transparece pelo fato de que Ele supre as necessidades de Suas ovelhas, conforme expresso no Salmo 23, "O Senhor é o meu Pastor e nada me faltará". Na expressão, "e dou a vida pelas Minhas ovelhas" (João, 10.15), somos lembrados de que Ele cumpriu o prometido em João 3.16: "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que n´Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna"...
Na celebração da Páscoa Cristã, rememoramos toda história de nossa libertação, que culminou com o sofrimento, a crucificação, morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo. Há quase dois mil anos muitos têm ouvido a voz de Jesus, o Bom Pastor, e atendido ao Seu irreversível chamado. Sejamos, portanto, gratos a Deus porque Ele nos escolheu para sermos “Seus filhos" (João, 15.16).
Fiquem com Jesus!
Pastor Rocelio Barros,na cerimonia da Intrega da medalha João Pessoa ao Pastor Presidente José Calos de Lima.Na Camara de Veriadores de João Pessoa.

Benefícios da Ressurreição de Cristo

Texto Biblico Salmos - 16
Você já imaginou se a história de Cristo fosse apenas a do Jesus histórico,
se ele tivesse nascido, ainda que de uma virgem, vivido cerca de 33 anos e estivesse ainda enterrado em seu túmulo na cidade de Jerusalém?- O apóstolo Paulo fez esta indagação em 1 Cor 15. 12-19 dizendo que se Cristo não ressuscitou é vã nossa pregação e nossa fé, Não teríamos motivos para estarmos aqui, este culto não faria sentido, o Natal não seria celebrado, a cruz seria esquecida, o sofrimento de Cristo seria em vão, o nome Jesus seria apenas de mais um personagem da história que os homens nararão nos nossos tempos.
Mas o túmulo está vazio Mt. 28.1-10.

Vejamos no Salmo 16 quais os benefícios da ressurreição de Cristo para nós, através da ressurreição que Jesus nos dá:

1) Sua linda herança
Os versos 5 e 6 falam da nossa herança dada por Deus através de Jesus- Algo que vamos receber, que é nosso direito, está garantido. No verso 6 vemos que não é qualquer herança. É uma herança mui linda.- Colossenses 3:24 "cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo".1 Pedro 1:4 "para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros". Romanos 8:17 "Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados". Porque Cristo ressuscitou, temos uma linda herança.

2) Sua presença à direita

Em primeiro lugar Jesus nos dá sua linda herança. Mas Jesus também nos dá sua presença à nossa direita.- O apóstolo Pedro em Atos 2. 22-32 nos ajuda a entendermos esta expressão.- Temos a presença de Cristo todos os dias, em todos os momentos podemos contar com ele.- Referir-se à direita é lugar de honra, de proteção, preparado para a batalha.- É uma posição que nos dá segurança, por isso podemos ler a expressão "jamais serei abalado"- Salmos 55:22 Confia os teus cuidados ao SENHOR, e ele te susterá; jamais permitirá que o justo seja abalado.- Salmos 62:6 Só ele é a minha rocha, e a minha salvação, e o meu alto refúgio; não serei jamais abalado.

3) Sua garantia da vida eterna-
Em primeiro lugar Jesus nos dá sua linda herança. Jesus também nos dá sua presença à nossa direita. Mas temos também sua garantia de vida eterna.

Os vs. 9 a 11 devem ser compreendidos à luz da ressurreição de Cristo.
Verso 10 Santo com letra maiúscula, fala de Jesus. Rm 1.4 "e foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos, a saber, Jesus Cristo, nosso Senhor".-

"Porque Ele vive posso crer no amanhã, porque Ele vive temor não há, Mas eu bem sei, eu sei, que a minha vida está nas mãos de meu Jesus que vivo está"

Ev.Rocélio Barros
(83) 87368722.
Cinco diferenças do crente.
João - 20 - 27 : 27
I. Vida Eterna.

Quem ouve a minha Palavra e crê tem a vida eterna Jo 5:24.
Aquele que Nele crê, tem a vida eterna Jo 3:15.

II. Livre da condenação.

Nenhuma condenação há para os que estão em cristo Jesus Rm 8:1.
Quem crê já está livre da condenação.

III. Templo do Espírito.

Não entristeçais o Espírito Santo de Deus no qual fostes selados Ef 4:30.
Não sabeis vós que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós ICo 3:16.

IV. Nova criatura.

Se alguém está em cristo nova criatura é, as coisas velhas já passaram IICo 5:1.
E vos revistais do novo homem que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.

V. Cidadania da Nova Jerusalém.
O tabernáculo de Deus está com os homens, Deus habitará com eles e lhe serão o seu povo, e o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus Ap 21:3-5.

Ev.Rocélio Barros Bezerra